Em um mundo com grandes desafios, como os fenômenos climáticos e a sustentabilidade, o setor agrícola desempenha um papel crucial na busca de soluções. É nesse contexto que foi realizada a segunda edição do Caminho Agroecológico, uma iniciativa promovida pelo Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) do Uruguai com o apoio técnico do Instituto Nacional de Pesquisa Agropecuária (INIA) e da Comissão Honorária do Plano Nacional de Agroecologia (CHPNA).
Do que se trata a La Senda Agroecológica?
Ele se enquadra na promoção de processos de transição para a Agroecologia na produção agrícola nacional.
A agroecologia é entendida como a aplicação sistemática da ciência ecológica à prática agronômica, buscando o redesenho gradual em direção a sistemas de produção diversificados e resilientes. Esses sistemas incluem variáveis de sequestro de carbono e redução de emissões, melhorando a qualidade do solo e da água, bem como a biodiversidade dos ecossistemas.
O objetivo dessa iniciativa é promover a adoção de práticas agronômicas baseadas na ciência ecológica para aumentar a sustentabilidade econômica, social e ambiental dos produtores agrícolas no Uruguai.
O objetivo é proteger e usar eficientemente os recursos naturais, mantendo ou aumentando os serviços ecossistêmicos, preservando a biodiversidade e reduzindo o uso de insumos sintetizados artificialmente, além de proteger as áreas naturais e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
A quem se destina a iniciativa produtiva?
O Caminho Agroecológico é destinado a grupos de produtores familiares, bem como a pequenos e médios produtores não familiares vinculados a uma organização rural registrada como Agente Territorial de Desenvolvimento Rural (ATDR). Essas organizações são essenciais para levar as políticas de desenvolvimento rural ao território e fornecer apoio na conscientização, treinamento e disseminação de chamadas para propostas e intervenções.
Os projetos selecionados receberão apoio financeiro de até US$ 35.000 por grupo de produtores, cobrindo até 80% dos custos totais. Além disso, será fornecido treinamento aos técnicos e será incentivada a colaboração institucional para obter cadeias de impacto no processo de transição agroecológica.
Abordagens
O diretor de Desenvolvimento Rural do MGAP, Carlos Rydström, enfatiza a importância dessa política e como ela deve ser elaborada e implementada com uma abordagem transversal e inclusiva, incluindo "a participação das novas gerações e o fortalecimento das organizações de produtores"..
Por sua vez, o Gerente de Inovação e Comunicação do INIA, Miguel Sierra, destaca a relevância da evidência científica na construção de políticas públicas agroecológicas, bem como a necessidade de indicadores e parâmetros para medir as práticas adotadas.
Por sua vez, o presidente da Comissão Honorária do Plano Nacional de Agroecologia, Eduardo Blasina, destaca o impacto positivo que essas transições agroecológicas podem ter sobre os produtores, especialmente os menores e mais familiares, ajudando-os a capturar carbono e melhorar a fertilidade do solo, contribuindo para um futuro mais biodiverso e sustentável.
Recebimento de propostas
O prazo para o envio de propostas é 25 de outubro de 2023.
Para obter mais informações e acessar as bases e o formulário, recomenda-se consultar as chamadas atuais para candidaturas, acessando o seguinte endereço da Web do MGAP: www.gub.uy/mgap/dgdr.